Li recentemente um texto de uma pessoa acerca do término da sua relação.
À medida que ia lendo percebi era bastante pessoal: entre criticas ao ex, choros e cabelos arrepanhados a conclusão brilhante: a culpa é dele, eu sou o máximo e tenho muito amor para dar. Conclusão: era para informar o publico em geral que estava novamente livre que nem um passarinho e um pedido a ver se alguem lhe arranjava outro.
A sério?!? Com direito a selfie toda dengosa!!!
Nem sei bem por onde começar, mas talvez pela exposição voluntária na net de uma situação da vida privada que ficaria bem melhor nesse foro e pouco mais. Depois o desespero em cada palavra, a soar a pessoa mal resolvida. Para terminar com o pedido de que lhe arranjem um substituto porque a menina pelos vistos não sabe estar um pouco sozinha.
Entre os comentários havia de tudo, desde as que a apoiavam e lhe diziam frases brilhantes: Força aí 'miga! Ele não merece que sofras por ele! Quem perde é ele! Apareceram algumas mais sensatas a aconselha-la a ficar sozinha por uns tempos.
Acho que este deve ser um bom exemplo do que não fazer em igual situação:
- Primeiro não é preciso anunciar publicamente o fim de uma relação, tudo o que se escreve na internet fica lá registado para sempre. Já pensaram se retomam a relação ao fim de algum tempo e até se arrependem do que escreveram num momento menos bom. Como resolver isso depois?
- Deitar as culpas ao outro, isso é o mais fácil, mas a verdade é que para dançar o tango são precisos dois, para as coisas correrem mal também. Acreditem que tirando casos mais graves a culpa é sempre dos dois. Por muito que acreditem que são pessoas fabulosas, têm falhas e cometem erros que podem ser bastante corrosivos à relação.
- Pedir para arranjar um substituto não só passa a imagem de pessoa desesperada, como de superficialidade de sentimentos neste registo, tanto gosto deste como de outro qualquer. O que vier à rede é peixe.
- O medo de estar sozinha revela insegurança em si mesma e isso vai transportar-se depois para qualquer relação fazendo com que a pessoa se torne muito dependente e isso é sufocante para a outra parte.