sábado, 23 de março de 2013

Encontrar o profissional certo: tão dificil como encontrar uma agulha num palheiro






A proliferação na ultima década de cabeleireiros, centros de estética, SPA's e o que mais lhe quiserem chamar alargou e em muito a oferta existente para estas áreas, no entanto o aumento da oferta não tem uma relação direta com a qualidade nos serviços prestados.

Eu sou utilizadora regular destes serviços há quase 20 anos e tenho-vos a dizer que nos últimos 8 anos tenho variado mais vezes de profissionais do que gostaria (ao ponto de receber uns "raspanetes" do meu mais que tudo que está farto de me ver deprimida e com mau astral no regresso a casa de uma dessas incursões).

Provavelmente não sou a única, aliás tenho quase a certeza que muitas de vocês se revêm na discrição atrás feita. Por isso mesmo decidi partilhar convosco aquilo o que, após anos de experimentação e investigação concluí.

Há questões transversais que devem ser sempre levadas em conta independentemente do serviço que procuramos: estética, cabeleireiro, tratamentos de SPA, etc.

Nem sempre o mais caro significa o melhor serviço, como nem sempre o barato é a melhor opção. Já tive más experiências em ambos os casos. Por isso o que importa mesmo é o profissional em si.

Vamos identificar os sinais de alerta:

Experiência profissional: por muito boa vontade, muito empenho que o profissional tenha se está no inicio de carreira o "calo" ainda não está ganho. Se quer experimentar coragem, mas lembre-se que está a servir no treino do outro e os riscos de alguma coisa dar para o torto são maiores. Quero aqui ressalvar (antes que me atirem com uns quantos impropérios) que nem todos os novatos fazem asneiras, apenas que a percentagem de as mesmas ocorrerem é maior.

E aqui já todas estão a pensar, bem da próxima vez vou perguntar há quantos anos exercem: Wrong!

Pois é, a experiência traz o dito "calo", mas nem sempre isso se traduz num serviço 100% garantido. Há vários motivos para que tal fenómeno aconteça, passo a citar aqueles que me ocorreram com maior frequência:

Todos nós temos maior ou menor capacidade para a execução de determinadas tarefas e devemos estar conscientes disso nas decisões que tomamos. Ora se eu não tenho voz para cantar, tentar carreira nessa área não será a melhor opção. O mesmo acontece em cabeleireiros, esteticistas, massagistas, etc e tal. E é por isso mesmo que se podem passar anos nestas carreiras a fazer o mesmo todos os dias, e as falhas continuam a  acontecer umas atrás das outras. Ter "queda", vocação, uma capacidade inata é fundamental. Isto é visível aos olhos da cliente porque perante alguém que esteja nesta categoria vamos com toda a certeza dar conta.

Ditadorzeca (o): a mania de que eu é que sou bom e eu é que sei o que é melhor para a minha cliente (apesar de nunca a ter visto na minha vidinha) e quero eu lá saber do que ela(e) me está para ali a dizer ou a pedir. Há pois é, em certo tipo de profissonais quanto mais experiência, mais gabarolice, e isso faz com que diexem de escutar o que a cliente lhe quer dizer ou pedir. Nada pior do que estar a tentar pedir para não nos escalarem em excesso o cabelo porque senão fica uma "tripa" ou a dizer por favor não me faça isso, porque a minha pele vai ter um ataque de fúria e eu vou ficar com a cara num "8" e as respostas serem: isso é o que a menina pensa, assim é que o cabelo fica com volume e esta cera é ótima e não faz reação. E lá vou eu para casa a chorar e a rezar aos santinhos para que a alergia passe rapidinho, o cabelo cresça milagrosamente e a rogar muitas pragas mentais à criatura que cometeu semelhante ataque contra mim.

Interesse comercial: para manter o estabelecimento aberto há que dar dicas deste género, olhe que este corte para manter precisa de cá vir de 2 em 2 meses (eu quero deixar crescer o meu desgraçado cabelo e se cortar com esta assiduidade nunca mais sai do sitio). Ou a depilação que é feita de maneira a que os pêlos cresçam à velocidade da luz (sim há técnicas para isso). Ou o tratamento que tem de ser semanal, porque senão não faz efeito.

Por fim, os bonzinhos, aqueles que tudo fazem para agradar a(o) cliente e acabam a não fazer nada de jeito. Ai é assim que quer, muito bem vamos fazer assim que lhe vai ficar a "matar". No final se não gostamos e às vezes ainda ouvimos: olhe é impressão sua, vai ver que se vai habituar (não não vou). Para a próxima corrigimos e fazemos "assado".

Após este levantamento fica mais claro perceber o que se espera de um bom profissional é que domine a sua área de trabalho, que nos sirva como guia e conselheiro, mas que para tal escute primeiro aquilo que a cliente pretende. Se houver algo que não concorde, será aconselhável expôr o seu ponto de vista baseando-se nos seus  conhecimentos profissionais, mas fazê-lo antes de executar o trabalho, porque depois já pode ser tarde e o mal estar feito.

Por isso se já encontraram os vossos profissionais de eleição mantenham-nos, porque como se diz na gíria "em equipa que ganha não se mexe". Se não, continuem a vossa demanda e espero que este meu texto vos ajude a separar mais facilmente o trigo o joio.  










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