quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Mulheres...


Blair


Scarlett


Ellen

Maria Eduarda













Fiquei a pensar que se calhar depois de ter mencionado que a personagem de Blair Waldorf, da série Gossip Girl, é a minha onda  ficaram para aí a imaginar que eu sou uma peneirenta com a mania que tem de dominar e de ter lacaios, uma snob.

Bom não é nada disso, o que eu gosto naquele personagem para além do guarda-roupa de cair para o lado, do tom de cabelo e do facto de ter pele branca de porcelana e olhos castanhos (tal como eu), é a densidade psicológica. Se por uma lado está sempre pronta a tramar alguma e muitas vezes sem olhar a meios para atingir fins, por outro demonstra consciência e sabe reconhecer que errou. Não se verga, não muda os seus princípios, é segura de si - ou quando tem dúvidas não permite que isso seja visto - luta pelo que quer é amiga da sua amiga apesar de tudo o que vai acontecendo. É culta, inteligente, sofisticada, tem como modelos Audrey Hepburn e Grace Kelly entre outros.

Confesso que desde sempre me fascinam mais personagens/pessoas assim complexas que vivem entre a sombra e a luz do que as boazinhas, insipidas. Por isso já dei por mim a desejar a vitória de uma vilã em detrimento da heroína.

Recorrendo a personagens, por serem conhecidas de quase todos lembrem-se de Scarlett O'Hara do filme E Tudo o Vento Levou, ou da condessa Olenska do filme a Idade da Inocência ou de Maria Eduarda do Livro os Maias, apenas três exemplos de mulheres com uma densidade psicológica intensa que nos prende e nos fascina, mas que se analisadas segundo alguns princípios não são as princesas boazinhas que nos ensinaram a imitar.

No fundo estas são seres humanos com os quais nos identificamos, porque ser-se boazinha o tempo todo é algo pouco interessante, às vezes entediante (bem a menos que se seja santa, mas isso são poucas) pode ainda não passar de uma máscara usado com outros fins menos corretos.

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