terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Aproveitar os saldos usando a cabeça e não o coração



Estou a escrever este post para mim mesma em primeiro lugar, porque já cometi alguns desaires no que a compras em saldo diz respeito.

Todas nós adoramos saldos, conseguir uma bela pechincha é excelente sem dúvida, mas por vezes essas ditas pechinchas que nos pareciam um verdadeiro achado saem-nos furadas e lá ficam no armário a ganhar mofo e o nosso dinheirinho ali fica perdido.

Por isso criei uma lista de coisas que devemos sempre ter em consideração antes de nos aventurarmo-nos nos saldos.

1) Comprar o tamanho certo: por favor não comprem um número acima pensando que ah e tal depois mando arranjar ou ai que eu gosto tanto que não faz mal ser mais folgadinha, ou no caso de sapatos meto uma palmilha e já está. Não comprem um tamanho abaixo imaginando que vão emagrecer para a usar ou que vão conseguir enfiar os pés dentro de uns sapatinhos mais pequenos e que nada de mal virá daí. ERRADAS ambas as situações. 

Os arranjos de roupa não são assim tão baratos, por isso atenção, com o que vão gastar neste extra podem acabar por perder o que pouparam.

O meu exemplo: aqui há uns anos adorei um casaco que trouxe um tamanho acima e mandei ajustar paguei 49.00€ pelo casaco e gastei 15.00€ no arranjo ao todo gastei 64.00€ e o casaco custava 70.00€ sem ser em saldos. Má opção

Roupa que fica folgada acaba no fundo do armário ou num saco sem ver a luz do dia, porque de facto não nos assenta nada bem e a costureira diz que para ser arranjada vai desvirtuar o corte. tal como roupa justa também vai acabar no armário a um canto porque se a compramos pensando que temos de baixar um numero e depois não nos aplicamos à séria vamos esconde-la bem no fundo da gaveta para esquecermos.

O meu exemplo: comprei um vestido de verão para a praia gostei muito da cor, do corte e do preço. Por isso trouxe um XL (o meu tamanho naquele modelo seria o M). Surpresa, não assentava bem em lado nenhum, arranjar semelhante coisa ia alterar o corte e não havia garantias de que gostasse do resultado final.

Calçado: No inverno de 2012 comprei dois pares de sapatos com 60% de desconto. Toda orgulhosa andei inchada com a minha esperteza, mas esqueci-me que os sapatos eram para usar na primavera e no verão e  devido ao meu problema de retenção de liquidos e má circulação os pés não couberam nem por 10 minutos porque estavam mais inchados do que no inverno. Estão lá novinhos em folha na caixa. O contrário também aconteceu trouxe um tamanho acima e depois mesmo com a palmilha lá dentro saem-me dos pés.

2) Comprar roupa que não tem nada a ver com o resto do que está no armário: ai que gira que é esta cor, ai vai dar com aquela saia, vestido, calças... ou não. Esqueçam se pensam que têm na cabeça memorizados os tons exactos das vossas roupas, porque salvo raras exceções não têm. Conclusão: pensam que estão a trazer um verde que vai mesmo combinar com os verdes que lá estão e depois não servem para nada, porque não combinam. No meu caso o erro foi na cor verde, mas qualquer outra cor pode variar muito de estação para estação. E se não são as cores são os tecidos, é o corte sei lá qualquer peça que não seja habitual vocês usarem, mas que está na moda e que vocês tentam a todo o custo encaixar porque está uma bagatela vai correr mal em 90% das vezes.

3) Ai vou comprar só porque está a 5.00€. A sério, até pode correr bem, mas o mais provável é que tragam mais uma ou várias coisas que não precisam para nada, que não servem para nada, e gastam 30 ou 40 euros que poderiam ser bem investidos numa peça melhor ou que realmente vos faça falta.

4) Comprar sem vestir primeiro: tirando peças básicas tudo o resto deve ser experimentado primeiro. Eu sei bem o que é enfrentar as filas longuissimas dos provadores, sei que é inverno e temos tanta tralha para despir, mas sei que é bem mais complicado ficar com o dinheiro gasto e com uma peça inutilizada no armário. Das duas uma: ou vão em horários em que não haja muitas pessoas a comprar ou arranjam uma dose extra de paciência.

Esta história que conto a seguir é veridica, mas parece anedota. Quando os hipermercados começaram a fazer promoções, houve uma senhora que comprou 12 pacotes de um sumo de sabor a pera, porque estava em promoção, ninguem da familia os bebeu porque ninguém gostava daquele sabor. Este é um bom exemplo de como as promoções/saldos acabam sempre por nos induzir a fazer escolhas erradas e a atirar dinheiro pela janela fora.

Estratégias para obter boas escolhas e não acabar a lastimar a ida às compras: 

- estipulem um orçamento e mantenham-se nele.

- olhem bem para dentro do vosso armário e anotem o que vos faz falta.

- andam de olho no num determinado artigo. Só o comprem se estiver em boas condições e for mesmo o vosso tamanho.

- na duvida não comprem, se for preciso esperem pensem um bocado e só depois tomem uma decisão. Se depois já não houver paciencia era porque não era para ser.

Este ano ainda só comprei um vestido em pele que já trazia debaixo de olho e aproveitei porque a loja tinha poucos exemplares. De resto tenho algumas listas feitas, mas ainda não passei à acção e confesso que a maior parte são peças on-line, por isso posso sempre ir acompanhando a disponibilidade dos artigos. Arrumei com o coração e deixo que a cabeça tome as decisões.

Boas compras! é o que vos desejo



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