quarta-feira, 26 de junho de 2013

Velhos do Restelo, haja a santa paciência


Velho Restelo 1904 Columbano Museu Militar de Lisboa.

Quem não conhece o Velho do Restelo dos Lusíadas de Luis de Camões. Esse personagem símbolo do pessimismo e conservadorismo que não acreditava no êxito da epopeia dos descobrimentos.

Confesso aqui que não tenho paciência para este tipo de postura perante tudo quanto é novo e por isso quando alguém me vem com o discurso que não vale a pena arriscar porque não vai resultar lembro-me sempre deste personagem. De principio explico com paciência os motivos pelos quais se deve seguir por um novo caminho ou arriscar numa nova solução. Mas nem sempre resulta, porque o Velho do Restelo é obstinado e está constantemente a repisar no mesmo pensamento: não se faz porque não resulta, porque é novo e deve ser só para enganar os incautos. Ora à terceira ou quarta vez que tenho de explicar a mesma coisa, a paciência está no fim e mostro o meu lado de mandona rematando com: já disse porque vou fazer e por isso ou ajuda ou eu arranjo outro que o faça.

A minha tese de licenciatura foi sobre a resistência à mudança no meio empresarial por isso há muitos anos que sei que Velhos do Restelo há muitos por aí e temos é de convence-los de que o que é novo não é sinónimo de ser mau, sem experimentar não se pode saber. 

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