"Sei que nem sempre a vida é fácil e indolor, mas isso não é motivo para se vestir de frieza ou amargura."
Clarissa Corrêa
Esta foi retirada de outro blogue, mas serviu-me de inspiração para o texto que se segue.
Até há uns anos atrás quando uma senhora ficava viuva ou se perdia um filho (confesso que não sei em promenor as regras antigas do luto), passava a trajar de preto invariavelmente em sinal de luto pelo ente querido para o resto dos seus dias. Tive avós e tias que conheci sempre de luto. O luto era um sentimento que não mais se devia afastar dos corações e da vida dessas pessoas. É uma ideia pesada, sombria e mesmo mórbida, mas assim ditavam os preceitos da sociedade, algumas vezes mais do que o coração das próprias, mas vá era para se cumprir com maior ou menor sentimento.
Este exemplo serve para dizer que eu até entendo este luto "forçado" mas não entederei como pode alguém deixar-se levar pela amargura, rancor, ódio transformando a sua vida e a dos outros - sim porque muitas destas pessoas usam os outros para descarregar todo o fel que lhes corroi o ser - num imenso mar de sofrimento. São vitimas e geram muitas vitimas em seu redor.
A vida é só uma, valerá mesmo a pena vivê-la mergulhado nos piores sentimentos e sensações e vesti-los para sempre?
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