quarta-feira, 8 de maio de 2013

As máscaras: por muito que queiram um dia elas caem



Não estou a falar de máscaras de Carnaval que se usam por três dias e depois arrumam-se num baú ou deitam-se ao lixo.

Falo das máscaras que vejo nos rostos dos outros ao longo de meses ou mesmo anos a fio e que lhes permite ocultarem-se para não revelarem os seus verdadeiros propósitos.

A mim, que sempre fui uma pessoa emotiva e que tenho grandes dificuldades em ocultar o que me vai na alma (é mau em algumas situações, mas no geral corre tudo bem), sempre me fez muita confusão pensar como é possivel viver-se assim escondido.

Há máscaras de muitos tipos: as que nada revelam - não há alegria, nem tristeza, nem surpresa, nem medo, nem nada que as faça mudar. Depois há aquelas que exibem um sorriso vazio e têm voz afinadinha, tudo sempre no tom correcto. E que dizer das revelam arrogância, desprezo e um certo fastio por tudo que as rodeia.

Mas como tudo o que não é genuíno, mas estudado e calculado corre riscos de ser descoberto. Ou porque  o individuo que aí se oculta não é assim tão bom a mascarar-se, ou porque por muito que queira há um momento em que a máscara por fim cai. São nesses momentos, em que se estivermos atentos vemos um lampejo da alma, ou noutros casos um monstro.

Ao longo dos anos fui desenvolvendo um certo "olho clinico" para descortinar o que se passa atrás da máscara. Em termos profissionais é frequente encontrarem-se máscaras de toda a espécie e que escondem todo o tipo de artimanhas que podem muitas vezes ser usadas contra nós. No relacionamento pessoal também dá imenso jeito desenvolver esta capacidade para se evitarem as más companhias ou vermo-nos livres delas mal soe o sinal de alarme, e em última análise quando temos mesmo mesmo de as manter proque não há como dar a volta, saber como lidar com a pessoa.

Tem-me acontecido detetar que alguém é falso até ao tutano e prevenir sobre essa pessoa e quem é prevenido ficar de cara à banda a olhar para mim sem acreditar. Semanas, meses depois vem ter comigo a dar-me razão, porque acabou por ser vitima do salafrário.

Por isso estejam atentos às máscaras e desconfiem sempre que o vosso instinto vos diga alguma coisinha, porque ele raras vezes se engana.











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