Eu sou apolosgista da frase popular que diz: "entre marido e mulher não metas a colher". Porque cada casamento é único, tal como o são os dois participantes nele.
Posto isto, há a ressalvar que deveriam existir regras básicas transversais em todos os relacionamentos sendo uma delas a de manter um nível minimo de respeito, por muito mal que a coisa tenha corrido, também é sabido que isto raramente é cumprido o que é mau.
De tudo o que já li sobre este assunto o que mais gostei foi deste excerto do texto escrito por Henrique Monteiro, no seu blogue no Jornal Expresso "Chamem-me o que quiserem" e que aqui vos deixo transcrito.
"Qualquer casal desavindo tem os seus exageros, mas
ninguém tem o direito de arrastar publicamente o nome do outro (dos pais
do outro - avós de seus próprios filhos) pela lama. Ninguém tem o
direito de dizer o que ele disse sobre a vida íntima da ex-mulher. E
ele, filósofo, ex-deputado, ex-ministro da Cultura, ex-embaixador, sabe
bem a distinção entre o bem e o mal. Opta pelo mal, provando que este
também é banal, demonstrando que existe a possibilidade de ele se
inscrever em pessoas por mais demãos de camadas de verniz tenham em
cima. A lição de Filosofia de Carrilho é que os nossos antepassados
podem estar errados. Podem não bastar a civilização e o conhecimento
para um homem (ou uma sociedade) praticar o bem.
Cada ser tem as suas possibilidades abertas e o livre
arbítrio de escolher um caminho. O caminho de Carrilho, mais do que
condenável é lastimoso. Apenas merece aquela compaixão devida aos que já
estão condenados por crimes graves."
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