quinta-feira, 3 de abril de 2014

"Faz-me um like" ou a necessidade de aprovação alheia elevada ao limite








Hoje de manhã li um artigo acerca da necessidade que as pessoas têm de ter "likes" nos posts do Facebook e quando alguns minutos mais tarde abri a minha página concluí que estou francamente cansada de tanto post sempre a puxar para o lamechas, ou são músicas ou são fotos, ou são frases copiadas da net e publicadas como forma de alimentar egos e supostamente transmitir uma imagem pessoal de bonzinho. Conclusão é tudo eliminado e só leio 5%, às vezes nem isso, daquilo que ali está publicado e isto é assim praticamente todos os dias.

Voltando ao texto que li o autor conclui que estamos todos viciados em likes e na aprovação de terceiros. Num outro estudo concluiu-se que existem jovens que têm depressões porque não recebem determinado número de likes por dia. 

A necessidade exagerada de aprovação de terceiros revela uma falta de auto-estima enorme e se assim é seria melhor repensar tudo na vida e olharem para dentro de si mesmos e sem medos descobrirem o que vos aflige. Eu convivo diariamente com pessoas que regem as suas vidas por aquilo que os outros vão pensar e com pessoas que se estão marinbando totalmente para o que os outros pensam. Ambos os casos são reveladores de que alguma coisa não está bem. Como se costuma dizer: nem tanto ao mar nem tanto à terra.

Quem é que nos garante que os outros são melhores do que nós e que se nos criticam ou não nos dão um "like" é porque quem está errado somos nós. Será que não é precisamente ao contrário? Quase sempre os outros têm os seus próprios motivos para dizerem ou agirem de determinada forma, mas isso não faz deles senhores da razão. 

Por outro lado acreditar que não se precisa dos outros é viver alienado. Somos animais gregários temos de viver em conjunto porque isso é necessário à nossa sobrevivência, ninguém consegue subsistir sozinho. Por isso o nosso comportamento perante os outros tem importância e as suas opiniões até a um certo ponto está claro que contam.

A linha que separa o que é a saudável convivência da dependência total da aprovação alheia é ténue e basta que a fomação psiquica e emocional de cada um não tenha sido melhor para destabilizar tudo. Esta necessidade sempre existiu e vai continuar a existir o que acredito é que as redes sociais vieram exponenciar a possibilidade de estar em contacto com dezenas, centenas ou até mesmo milhares de pessoas ao mesmo tempo e  que isso tornou publicas necessidades que de outra forma estariam remetidas para um numero consideravelmente menor de pessoas.

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