quarta-feira, 17 de julho de 2013

O local de trabalho é a grande Feira das Vaidades dos nossos tempos



Já trabalho há uns anos e por isso já lidei com muitas pessoas e percebi (não devo ter sido a única como é lógico) que uma das melhores formas de descobrir a verdadeira essência de outro ser humano é no trabalho.

O mundo do trabalho é um dos melhores palcos para se descobrir o verdadeiro carácter das pessoas, porque por muitas máscaras que tentem usar, há sempre momentos em que as mesmas caem.

É regra geral um campo fértil para a competição, que nos últimos anos é cada vez mais desenfreada, para se atingir determinado lugar. Como se costuma dizer o poder corrompe e é tão verdadeiro, quantas foram as pessoas que conheci em inicio de carreira que pareciam boas, honestas respeitadoras e quando a oportunidade surgiu deixaram cair a máscara de boazinha e revelaram o seu lado mais sórdido: seja pela manipulação, seja pela intriga, seja pela corrupção pura e dura. Não se olha aos meios para se atingir os fins, true statement.

Depois é curioso analisar o seguinte: quem não trabalha com estas pessoas e só as conhece de vista ou socialmente quase não acredita que determinado sujeito seja capaz de tais actos. Recordo-me de dois casos, só para exemplificar: num foram colegas por 30 anos, mas em serviços diferentes, conheciam lá está socialmente e davam-se bem e quando eu comecei a trabalhar com uma delas e conheci o seu carácter baixo deixei de tal forma espantada a outra que de facto senão fosse eu a revelar-lhe o que assisti nunca se teria acreditado. O segundo caso é o de duas amigas de vários anos que começaram a trabalhar em conjunto e passado pouco tempo a que veio trabalhar de novo descobriu o que fazia a amiga ficou de tal forma dececionada que a amizade terminou.

E haveria tantos outros casos. É impressionante como de facto poucas são as que revelam um carácter firme e que não se deixam seduzir pelos cargos, aliás acho que mesmo quando não há a disputa por lugares há muita mesquinhez latente, tanta pessoínha com necessidade de protagonismo.

A sensação que tenho é que na última década se criaram muitos pseudo-doutores (porque os verdadeiros doutores ou são médicos ou têm doutoramento) que acreditam que tendo uma licenciatura ou mestrado integrado já são os maiores, já não têm de trabalhar. Há muita falta de bom senso e imaturidade noutros casos, tudo isto aliado a um culto de competição que é incutido desde pequenos e a uma grande ausência de valores deixa-nos num faroeste sem lei. 



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