Encontrei casualmente este poema Carga da Deusa do Outono no blogue Ao Pé do Fogão e gostei tanto que decidi partilha-lo.
Carga da Deusa do Outono
Eu Sou a lua
decrescente,
a Deusa que se despede
da terra.
Na Primavera, procurei
o meu Senhor,
e com ele me deitei sob
as árvores e as estrelas.
Em
Beltane, casei com o meu Senhor,
debaixo
dos primeiros ramos das acácias.
E
no verão, fiz amadurecer as maçãs nos pomares,
e
os frutos cresceram redondos e fortes,
como a semente no meu ventre.
Aquando
da colheita do trigo,
eu
abati o meu Senhor
para
que, pela sua morte,
o nosso povo possa ser alimentado.
E
atualmente, em Outono,
desço
para o reino de baixo,
para
residir com o meu Senhor no seu sombrio reino,
até
que a nossa criança nasça.
No
Solstício de Inverno, porei ao mundo a criança
e
reviverei a vossa esperança.
E
em Imbolc estarei eu mesma de regresso,
para
renovar a terra.
Deixo-os,
mas retornarei para vocês.
Quando virem o meu poder diminuir,
e
as folhas das árvores caírem;
Quando
a neve apagar, como a morte,
qualquer
vestígio de mim sobre a Terra.
Então
procurem-me na Lua,
e
lá nos céus vereis a minha alma,
elevar-se
devagar entre as estrelas.
E
neste sombrio período,
quando
a Lua está coberta pelas sombras.
E
que não há nenhum vestígio de mim no Céu ou sobre Terra;
Quando
olharem para fora
e
que as vossas vidas pareçam frias, sombrias e estéreis;
Não
permitem que o desespero corroa os vossos corações.
Porque
quando estou escondida,
apenas
estou a renovar-me;
Quando
declino,
preparo-me
para retornar.
Recordam
a minha promessa e olhem no vosso interior,
pois
lá, encontrará o meu espírito,
aguardando aqueles que me procuram;
Porque
perto da fonte do vosso ser,
eu
sempre espero por vós.
Tripla
eu sou;
Uma
em Três;
O
meu corpo a Terra,
a
minha alma a Lua,
e no interior do teu Ser mais profundo,
o
espírito eterno,
o
meu.
©Vivianne Crowley, traduzido e livremente adaptado
por Brydea
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