segunda-feira, 24 de junho de 2013

A Festa de S. João do Porto, por Helder Pacheco

Nascida e criada no Porto, a dois passos das Fontaínhas, o local mais icónico do S. João desde o século XIX quando se fez a primeira grande cascata,  o santo da minha predileção só poderia ser o S. João.

Para marido arranjei um João e como gosto muito do nome coloquei-o ao meu filhote. 

Para vos contar a hisória da festa do S. João do Porto fui buscar o nosso melhor cronista da cidade, Helder Pacheco.

sjoao festa

"A festa de S. João é a maior das tradições guardadas no espírito da cidade. Nela existe a  identificação com os rituais do solstício de Verão, na referência a cultos milenários do fogo, das águas, da vegetação (Não há S. João sem cravos, / alfazema e rosmaninho (…). Popular) e do sol expressos nas labaredas das fogueiras acesas em lugares públicos (Na noite de S. João, / vou fazer uma fogueira (…). Popular), nos balões e fogo de artifício que sobem no céu (Donde vindes S. João, / com  capa de estrelinhas? Popular), na procura de ervas bentas (Todas as ervas são bentas, / em noite de S. João.) e das àguas milagrosas, na prática de ver nascer o sol… Como fundamento de um costume que atravessou séculos (no dizer de A. Magalhães basto, 1932 (…) o S. João é que era e foi sempre o grande santo, e santo querido dos portuenses!), os seus festejos, convertidos em Festas e feriado da cidade, desenvolvem-se ao longo de duas semanas, abrangendo actividades culturais e recreativas diversificadas, culminando na noite da véspera de S. João, quando a cidade se transfigura e vem para a rua viver o momento mais significativo."
Helder Pacheco
Edição: 35 Congresso Mundial das Confrarias Báquicas, 1998

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