sábado, 27 de abril de 2013

Vivo num país à beira mar plantado...





Que se fez ao mar imenso para descobrir outros continentes, outras culturas, que apesar de pequeno construiu um império imenso que deu cartas na Europa ao lado de outros bem maiores.

Este é o país que eu admiro e honro apesar de ter nascido vários séculos mais tarde.

O país em que vivo actualmente nada se assemelha à descrição anterior. Desenganem-se todos quantos pensam que somos periféricos, que somos pequenos, que somos do Sul, que estamos entalados no canto da Europa e que pouco ou nada podemos fazer.

O que o que acontece é que as mentalidades são pequenas, são pobres, são perifféricas, são invejosas, são medíocres, são apáticas.

Quando mais de 50% da população nacional vê e pelos vistos aprecia a trash TV (reallity shows de qualquer formato e programas de entretenimento duvidoso) quando estamos inundados de pseudo famosos de carácter duvidoso com uma vidinha mais oca e vazia que o cerebro de uma galinha, quando a moral foi atirada às urtigas e valores como a honestidade, o respeito, a integridade, a lealdade, a honra não constam da vida de muitos, significa que estamos mal, muito mal.

No outro dia li que a estupidez tem o seu quê de bom e muitas pessoas a usam para sobreviverem neste mundo (pode ler-se país). Pausa para digerir isto: como é que alguém pode achar que fazer-se passar por estúpido é melhor do que demonstrar a nteligência com que se foi dotado? (não estou a referir-me aquelas situações esporádicas e contextualizadas, claro). Mas a seguir penso: ah agora entendo porque é que há tanto chefe (leiam patrão, diretor, administrador, etc) burro. São so chamados "chicos-espertos" que descobriram que serem estupidos lhes traz mais vantagens (leia-se monetárias e de carreira).

E com pão e circo se entretém o povo já diziam os romanos e tinham razão. Claro que o pão já vai escasseando em algumas casas, mas o circo continua a entreter e a estupidifcar cada vez mais este povo que assim se vai acomodando e fingindo de burro.

Mesmo quando se manifesta fá-lo em rebanho, porque ao certo ao certo não sabe o que ali faz.

Claro que há uma percentagem da população que se recusa acomodar-se que se nega a fingir-se de estupido só porque sim, mas esses são olhados de lado e as oportunidades são-lhes negadas.

A estes digo: não desistam nunca de lutar por vocês e porque a esperança num país digno não pode morrer.




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