quinta-feira, 9 de maio de 2013

Moral da história: anda tudo às avessas




Eu sei que o que aqui vou escrever vai constituir um choque para muita mulher que o ler, mas confesso que tem mesmo de ser.

Antes de mais quero por esclarecer alguns pontos:

Acredito na igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulheres que se traduz em direitos jurídicos, direitos laborais e direitos humanos.

Acho que ninguém é superior ou inferior só por ser mulher ou homem. Devemos estar no mesmo nível , devemos olhar-nos olhos nos olhos e respeitarmo-nos mutuamente.

Posto isto avancemos.

Eu embirro com... mulheres "machistas", não lhes chamo feministas, porque o pensamento delas é igual ao dos homens que afirmam que não têm de fazer nada. São aquelas que apregoam aos quatro ventos que não sabem cozinhar, que não sabem pregar um botão, que não dão roupa a ferro, que não cuidam dos filhos, que só querem prendas e atenções dos respectivos, mas pouco ou nada lhes dão em troca; em suma que se estão nas tintas para as questões domésticas e mesmo amorosas.

 Umas afirmam que  os maridos adoram cozinhar (que remédio têm, senão passam fome); outras sentem-se humilhadas e injustiçadas perante os homens que têm em casa e vai daí antes que seja tarde invertem esta posição e tratam de fazer-lhes a eles aquilo que elas julgam depreciativo. Ainda existem as sornas e mimadas, nunca fizeram nada em casa porque as mãezinhas não queriam; outras consideram que isso de tratar da casa e da família é coisa de avozinhas que ficavam em casa todo o dia. E quando ganham mais regra geral  acham que têm pseudo direitos adquiridos.

Eu fui educada para saber governar uma casa, sei fazer todas as tarefas domésticas, claro que gosto mais de umas do que de outras. E em minha casa as tarefas são divididas, mas eu sei em última análise que é minha função cuidar para que tudo esteja em ordem. Não me sinto minimamente mal por causa disso, não acho que o meu marido devesse ter este trabalho (claro que eu estou casada com uma pessoa equilibrada e justa e ambos ficamos incomodados quando presenciamos situações referidas no parágrafo anterior).

A minha mãe sempre me ensinou que devemos saber tudo, porque mesmo quando se  tem empregadas, governantas, etc (a minha mãe sempre teve e eu aprendi na mesma) é preciso saber orientar o trabalho e saber se as coisas estão a ser bem executadas e se for necessário corrigi-las.


Quando as mulheres ficavam em casa as suas funções eram: cuidar da casa, da familia e muitas infelizmente eram bem exploradas por maridos intrataveis sem dúvida alguma. Quando as mulheres começaram a sair de casa para trabalharem está claro que viram o seu tempo para as lides domésticas reduzido. Isto é uma verdade, tal como também é verdade que muitos homens continuam a sentar-se à espera que lhes apareça tudo à frente, não se importando da sobrecarga que isso representa, e é por isso que muitas mulheres da minha idade, mas sobretudo mais novas olham para estas situações  (muitas vezes próximas) e pensam: a mim não me fazem isto nem que para isso eu me torne no macho da casa, eu é que vou ficar sentada e o palerma que faça tudo. Pensam que ganham alguma coisa com isso, mas não ganham. Primeiro, nenhuma relação funciona de forma duradoura e estável com situações de dominio de um sobre o outro. Segundo se as mulheres acham que pelo facto de trabalharem têm o direito a não fazer nada em casa, têm de perceber que os homens também têm esse mesmo direito. Terceiro se nenhum dos dois perceber como governar uma casa vai andar tudo numa rebaldaria e isso vai aumentar as discussões entre ambos e vai minando a relação. Quarto receber pessoas em casa sem a terem apresentável nem saberem como receber dá muito mau aspecto believe me. Quinto quer queiram quer não, é verdade que as mulheres têm mais queda para as questões domésticas. Foram séculos de dominio feminino no lar, não pensem que isso desaparece só porque há três gerações (nem um século) as mulheres foram trabalhar.

Depois do exposto façam um favor a vocês mesmas: não tentem fazer deles cinderelos, porque só vão estar a sabotar tudo e aprendam que não se faz ao outro aquilo que não queremos que nos façam a nós. Não acreditem que se fizerem dele vosso criado e ficarem sentadas no sofá a coisa vai correr bem, porque não vai.

E agora às meninas que têm uns parceiros que gostam muito do sofá: antes de assumirem a postura atrás descrita optem por utilizar outras estratégias. Não desistam de ter a colaboração deles e comecem por coisas simples, não se esqueçam de elogiar o que fizeram e não os critiquem. Lembrem-se: "mais depressa se apanha uma mosca com uma colher de mel do que com um barril de fel".







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