terça-feira, 23 de julho de 2013

Alguém me explica porque é que se inventaram as festas de finalistas nos infantários, na primária...



Mas que raio é que deu na cabeça desta gente, educadoras, diretoras de infantários e escolas do ensino básico em conluio com alguns pais (digo eu) para inventarem festarolas de finalistas para as crianças que terminam o infantário ou a primária. Com direito a capa, bengala e cartola quais estudantes universitários mirim.

A minha explicação: neste país onde há mais pseudo-doutores por cm2 que pessoas com miolos, onde qualquer chimpazé tem um canudo, qual foi a ideia destes iluminados? Incutir desde tenra idade o conceito de "doutor" e assim como assim se não chegarem à faculdade porque entretanto abandonaram a escola  para serem jogadores da bola ou celebridades de um qualquer reality-show, ou outra coisa qualquer, podem sempre mostrar as fotos dos 5 e 9 anos quando foram "doutores" do infantário e da primária. Assim é garantidinho que as próximas gerações destas pseudo-celebridades vão carregar o título de "doutor" do infantário. 

Realmente quando se pensa que o portuguesinho não tem mais para onde descer o nível de foleirice, lá se escava mais um bocado o poço e se encontra outro patamar. 

No meio disto tudo as crianças, que por serem pequenas e não terem opções assim se veêm metidas nestas andanças e se todos vão é porque é bom e é assim que tem de ser.

Notem eu gosto de festas de crianças, eu própria participei nas festas do meu infantário e escola, mas eram festas de crianças, não festas de finalistas.

O meu filho não vai ter festa de finalista, porque os pais tiveram juízo e  arranjaram uma escola onde as festas são de crianças, como deve ser. 

Quero fazer aqui uma ressalva, não é minha intenção ofender aqueles pais que até nem acham graça a estas festas, mas que não sabem muito bem como não mandar o filho(a) às mesmas porque têm receio que acabe por se sentir excluído. A minha sugestão: falem com outros pais e proponham uma alternativa que seja adequada à idade do vosso rebento. Eu sei que é mais fácil deixar-se ir na onda, mas também é importante que exista algum espírito crítico, pode não parecer muito adequado, mas a verdade é que o que realmente importa é aquilo que tanto pais como crianças gostam. Afinal estamos a falar de festas, não de obrigações. Pensem nisso.



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